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Reunimos aquí una serie de artículos que abordan diferentes articulaciones del psicoanálisis con el arte.
Em O mito de Fausto na construção da imagem biográfica de Freud, Pedro Heliodoro de Moraes Branco Tavares trata de biografias e autobiografias. Ele propõe a "profissão" de biógrafo a ser incluída como mais uma das consideradas impossíveis pela Psicanálise. Isto é, do real, e por isso requer algo do próprio elemento fáustico, como aparece no vocabulário da biografia de Freud (autoria de Rodrigué, com a qual o autor principalmente se maneja para este texto). Em cita de Philippe Lejeune, compara o processo biográfico com a idéia do pacto (Le pacte autobiographique) A suposta retomada de fatos da existência tem aí sua importância menor em relação ao próprio fato da escrita que reduplica e refaz esta existência supostamente narrada. Em resumo estaria em jogo uma posição de verdade. Assim posicionado, passa a considerar o Fausto de Goethe, da qual toma os elementos estruturais que sustem uma ligação com a vida e a biografia de Freud. É a partir de um saber que falha se insurge o Doutor, e também a Psicanálise enquanto uma prática e uma teoria que surge, também, diante de um saber que falhou: o saber da Medicina sobre as histéricas. O autor inclui o célebre epígrafe Flectere si nequeo superos, Acheronta movebo, como ponto crítico, invocação dos poderes infernais, por assim dizer, até a doença fatal de Freud, preço pago pela sua fáustica descoberta. São elaboradas por último, operações feitas por Freud com seu nome próprio.
Pedro Heliodoro de Moraes Branco Tavares é Psicanalista e Literato-Germanista, Doutor em Psicanálise e Psicopatologia Fundamental (UNIVERSITÉ PARIS VII), Doutor em Teoria Literária (UFSC). Professor de Língua e Literatura Alemã (Universidade Federal de Santa Catarina). Professor de Psicologia (FES-SC).
Email: pedrohmbt@hotmail.com
(Brasil)
Em O si(g)no emudeceu... n Os Sertões de Euclides da Cunha, Paulo Medeiros trata da transposição para o escrito de uma fala do autor na Maison de lAmerique Latine (em Paris), com data de 1989. Sua fala propõe-se como uma troca na qual oferece algo que "representa de forma mais particular e significante uma cultura: sua Literatura, que, no caso do Brasil, é comparável ao que de melhor já foi produzido no mundo". O convite que ele faz, na ocasião, aos franceses, poderia ser extensivo aos atuais leitores não-brasileiros de Acheronta, sobre "os textos a serem lidos para se começar a formar alguma noção de brasilidade em sua expressão linguageira". A escolha é pelo "Grande Sertão: Veredas", de João Guimarães Rosa e "Os Sertões", de Euclides da Cunha. O autor fundamenta essa escolha em que "ambos situaram no lugar mítico dos sertões os traços que inscreveram a história da língua em sua dimensão épica, cuja epopéia narra momentos trágicos da história de um povo". Indica também a condição polêmica dessa escolha que "deveria conter, ao menos mais um, o livro Macunaíma, de Mário de Andrade, texto básico do movimento cultural artístico brasileiro de resistência às influências alienígenas e de valorização da cultura brasileira". Os textos indicados e comentados a seguir, "são leituras dos traços subjacentes às identificações culturais existentes no Brasil, e os sertanejos foram os que inscreveram tais marcas, por serem a resultante radical das raízes de uma cultura que não é mais européia nem nativa, mas brasileira".
Paulo Roberto Medeiros (in memorian) fue Psicanalista en Recife, Miembro de Traço Freudiano Veredas Lacanianas.
Página web con textos: http://www.traco-freudiano.org/tra-membros/tex-pmedeiros-index.htm
Email de Helena Pessoa: helenapessoa_ecoante@oi.com.br
(Brasil)En David Lynch, o la distorsión perceptiva (a propósito de Inland Empire), Juan Ventoso parte del efecto particular, en el espectador, de las producciones del director norteamericano de cine, David Lynch. Siguiendo a Deleuze, se pregunta que es lo que funciona para que tal efecto se produzca, y lo aproxima a lo que llama un estilo. Distorsiones perceptivas y ausencia de sentido es lo que encuentra. Se detiene, en particular, en las influencias de Francis Bacon, es decir, en la pintura, como también en la música y sonidos ambientales. El autor sienta la hipótesis de que el cine de Lynch se ajusta a la lectura que Lacan propuso acerca del arte, como esa actividad que, entre todas las actividades humanas, se dedica a circunscribir la "Cosa peligrosa" que al mismo tiempo orienta y cuestiona radicalmente nuestros modos de percibir.
Juan Ventoso es Psicoanalista, Miembro del Foro Analítico del Rio de la Plata y de la Escuela de los Foros del Campo Lacaniano, docente en la Facultad de Psicología de la UBA.
e-mail: juan_ventoso@yahoo.com.ar
(Argentina)En Camino de transubstanciación. Poética de Jeanneth Forkel, Carlos Seijas aborda la obra de la poeta guatemalteca Jeanneth Forkel, a la que caracteriza como "la cantora del camino que es la vida". El autor interroga ese "espacio de la metamorfosis a través de la alquimia de ciencia y arte de la poiésis creadora" que le brinda la "cantora".
Carlos Seijas es Psicoanalista, Escritor, Músico y Compositor. Doctor en Sociología por la Universidad Pontificia de Salamanca. Estadístico por la Universidad de Costa Rica. Psicólogo por la Universidad Francisco Marroquín. Director de Centro de Orientación Universitario de la Universidad Rafael Landívar. Docente Universitario para la Facultad de Humanidades de la URL y la Escuela Superior de Psicología de la UFM. Miembro del Grupo de Estudios Psicoanalíticos de Guatemala (GEP-G). Miembro del Consejo Directivo y fundador de DEVENIR (ONG).
Email: carlosdaseixas@yahoo.com
(Guatemala)Ver indices de secciones Arte y Psicoanálisis de números anteriores de Acheronta.