Acheronta  - Revista de Psicoanálisis y Cultura

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SOU COMO FÊNIX

Na calada da noite, o silêncio da alma
No raiar do sol, os brilhos da mente
Não sei se posso calar ou brilhar
A dor é tanta que prefiro não pensar

Mas no silêncio da noite minh’alma chora
As lágrimas são marcas do pranto
Que me encontro sem sinal de luz

O abismo que tange meu suspirar
Faz com que me sinta incapaz de caminhar
Passos curtos ou longos
Não tenho mais força para almejar

Estou impotente frente às trilhas
que devo enfrentar. Não vejo saída
Meu mundo acabou.

O labirinto da vida agora
É a escuridão da noite
Noite essa que em lua cheia é bela e serena
Mas em outras, é traiçoeira.

Será que vou conseguir
Superar essa escuridão que paira em meus olhos?
Tudo parece estar sem cor, sem brilho.

Meu olhar não consegue perceber a plenitude do ser
O que aconteceu comigo?Não me reconheço mais
Busco me encontrar no olhar do outro mas...
Só vejo você.

Você foi embora e um dia talvez volte pra mim
Não sei quando ,mas quero te esperar
Não sei d’onde tirar forças para suportar.

Vou conseguir... por mim, por você, vou lutar
Porque ainda em algum lugar e dia
No silêncio da noite minh’alma se alegrará
Pois sou como Fênix renascerei das cinzas...só para te amar!

Andréa Kochhann

 

Herança

Uma mão anônima descreve sem palavras um rosto vazio.

A força morta de um olhar rascunha o vento em busca de uma lágrima perdida.

Dentro de mim uma voz muda grita em silêncio meu nome.

Retalhos mórbidos de várias gerações no germe de um clone doente.

Um homem fragmentado em si, imerso na loucura de seus impulsos, preso na solidão de seus atos.

Conduta torpe carregada no sangue, herança maldita na lembrança da alma, evolução cética de pureza nenhuma.

Alessandro Faria de Oliveira

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Revista de Psicoanálisis y Cultura
Número 23 - Octubre 2006
www.acheronta.org